29 outubro 2013

A arte da falcoaria / Palácio de Queluz


Durante as férias ou ao fim de semana, agarre na pequenada e vá ao Palácio de Queluz onde, de terça a domingo, assim que os ponteiros do relógio acertam nas primeiras 12 horas do dia, os jardins são palco de exibições do falcão peneireiro, com o seu caparão (uma invenção árabe), da água real e de espécies de aves de rapina noturnas, como bufo real, animais de uma beleza inigualável que sobrevoam o terreiro sob o olhar atento dos falcoeiros. Falamos da arte da falcoaria, introduzida pelos Suevos e Visigodos, muito antes da fundação de Portugal, e considerada uma arte de entretenimento de grande relevo na segunda metade do século XVIII, em particular na então Casa Real, que detinha os falcões de caça mais raros e cobiçados, na altura considerados presentes de luxo. alguns dos quais oferecidos pelos reis da Dinamarca ou pelo Grão-mestre da Ordem de Malta. 
 No alinhamento do programa, e mediante a aquisição de um suplemento ao bilhete para o jardim ou o Palácio Nacional de Queluz, há uma visita guiada às instalações das aves, nas antigas jaulas dos Jardins, perto do Canal de Azulejos e da Escadaria Robillion, bem como à exposição sobre falcoaria ou cetraria, registada, pela UNESCO na lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade, a qual conta com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian
As exibições de voo podem, contudo, ser canceladas sem aviso prévio sempre que as condições meteorológicas adversas impedirem a sua realização. Por isso, esteja atento ao tempo para que a diversão seja garantida!

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